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Parentalidade Consciente

Sugestão de Podcast: Como podes promover o pensamento crítico no teu filho?

5/6/20252 min read

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Neste podcast, Somos Infinitos, a Noor entrevista a Michaela Owen, uma das pioneiras da parentalidade consciente em Portugal.
Durante a entrevista a Mia refere que o que a levou para o mundo da parentalidade consciente foi o facto de já ser uma ativista por um mundo melhor desde sempre. Então, quando foi mãe, achou que se queria um mundo melhor, o mesmo tinha que começar no seu próprio mundo, na sua própria casa.

Quando começou a estudar esta área percebeu que o que precisava de mudar não era o comportamento dos filhos, mas que o trabalho começava sim, por ela mesma.

Durante a entrevista fala-se na diferença entre autoconfiança e autoestima saudável, e a segunda é "quando eu sei que tenho valor além dos meus defeitos" - Isto protege-me em situações de vida desafiantes, porque é separado do meu valor, "independentemente do que aconteça, eu tenho valor". Não põe em causa quem eu sou.

Quando se tem uma vinculação segura com os pais, conseguimos ter uma auto estima saudável.

A tua intenção, como pai/mãe, é que os teus filhos sejam felizes?

A Mia defende que quer que os seus filhos "Consigam lidar com a vida tal como ela se apresenta"

Qual é a diferença ?

Ao Querer que o meu filho seja feliz, estou a retirar-lhe os obstáculos todos, não deixo que o meu filho sinta frustração, raiva, tristeza, emoções que são muito importantes na nossa vida, que para sabermos lidar com elas, temos de as viver !

Mas quando eu, pai/mãe, a estou a proteger de tudo não estou a capacitar nenhuma resiliência. A criança não desenvolve a auto estima, fica com medo, sente-se inútil, ansiosa, etc

Confiar mais nas criança e na sua capacidade de fazer escolhas, mesmo errando, é fundamental. E isto leva a um grande trabalho interno enquanto pai/mãe - da confiança - porque muitas vezes os pais acabam por projetar os próprios medos nos filhos.

Pensamento crítico:

Ensinar os nossos filhos e a nós mesmos também a pensar melhor e ter consciência das minhas necessidades.

Reparem: o que é a rede social ? É uma estratégia para eu nutrir as minhas necessidades...

Como todos nós temos a necessidade de hidratar, mas temos várias formas de o fazer, como beber um chá, ou beber água, ou comer sopa etc etc...

Se eu me questionar e perceber: porque estou a ir às redes sociais tanto tempo?

"Ah, porque estou aborrecida..." - então que outras formas tenho de ultrapassar isso?
"Ah se calhar posso ir correr, se calhar posso ir ler etc"

Ou talvez me esteja a sentir sozinha e a precisar de conexão...
ok, vou ligar a uma amiga, por exemplo ...

Aprender a questionar-me
A gerar o tipo de pensamento crítico de "porque é que eu estou a fazer o que estou a fazer?"

Quando tentamos perceber quais são as necessidades que a criança está a tentar suprir ao agir daquela forma, conseguimos interagir com ela de uma forma diferente, que não seja só o proibir de determinadas coisas.

Em suma... "Saber viver as emoções"

Choro, lágrimas, conflito, faz tudo parte de uma infância feliz, e faz nos bem relembrar isto.

Lembra-te de começar sempre pela intenção: Quem é que eu quero ser como pai/mãe?
Quais são os valores que eu quero que o meu filho tenha? (que seja respeitador, tenha empatia etc) Então quem é que eu tenho de ser como pai/mãe para promover isto?

E é bastante óbvio que a resposta se vira para nós, pais: Aquilo que eu fiz mostra empatia ? Mostra responsabilidade ?

Ficam aqui algumas questões importantes para te sentares a refletir sobre elas, e se tens interesse convidamos-te a ouvir o podcast, ou saber mais sobre a Mia.